A Central Única dos Trabalhadores realizou, nesta terça-feira (5), encontro com dirigentes sindicais de diversas categorias para discutir a sua atuação. A reunião ocorreu na sede da entidade, no centro de Salvador e foi conduzida pelos presidentes nacional, Sérgio Nobre, e estadual, Madalena Firmo, a Leninha.

Com intensa participação de sindicalistas de diversos segmentos da classe trabalhadora, o encontro teve como pauta o futuro do Brasil e o reencontro da CUT com suas bases. O presidente nacional, Sérgio Nobre, que participou na segunda-feira de ato contra a privatização e políticas de preços da Petrobrás, lembrou que um terço da população brasileira está desempregada ou desalentada e acrescentou que a fome está voltando a milhões de lares. “É muito triste ver pessoas comprando ossos para levar para casa. Temos uma grande responsabilidade de apoiar a população que está nas periferias”, disse.

Nobre também defendeu mudanças no modelo de gestão sindical. “Precisamos ir às bases e não apenas nos locais de trabalho, pois há milhares de pessoas em home office, por isso é importante fazer esse esforço”, acrescentou.

Ele também ressaltou que “o pleito de 2022 é a eleição das nossas vidas para trazer de volta o presidente Lula, que trará expectativas à população”.

A presidente da seccional baiana da CUT, Madalena Firmo, a Leninha defendeu a ocupação permanente das ruas, e disse que é preciso fazer atos cada vez maiores, com mais gente para mostrar à população que é preciso reagir ao que vem ocorrendo no Brasil. “As nossas ações passam por 2022 e para isso precisamos eleger não só um presidente comprometido com os trabalhadores, mas também deputados federais, senadores e governadores que atuem em nossa defesa”, avaliou.

Ademário Costa, presidente do PT de Salvador, classificou o encontro como um passo fundamental para mostrar à base sindical a relação entre o seu universo e um partido político. “Precisamos atuar conjuntamente. O futuro sindical também foi debatido, com a necessidade de incorporação de novas classes de trabalhadores, que precisam estar organizadas no mundo sindical. Vamos fazer uma grande mobilização nas comunidades para fazer uma grande manifestação contra Bolsonaro no próximo dia 20”, disse.

Já Valdemir Medeiros, dirigente da CUT Bahia e também do Sindicato de Trabalhadores Federais em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Sindprev) falou sobre os riscos da PEC 32, que é a proposta de Reforma Administrativa. “Hoje, o concurso público é uma realidade ameaçada pela PEC 32, que deixará os trabalhadores vulneráveis. Criarão uma classe de servidores públicos indicados politicamente e isso é o que somos contra. Isso é a ressurreição do chamado “Trem da Alegria” em substituição à meritocracia necessária para o preenchimento de cargos que fazem parte das carreiras de Estado”, finalizou.

Do Sindprev também estiveram presentes a diretora de Comunicação, Rita de Cássia, Marcos Gêmeos, o representante da CNTSS, Raimundo Cintra, Marcos Teixeira e Lucivaldina Brito. A diretora do Sindicato das Assistentes Sociais,  Marleide Santos também marcou presença.