Nesta terça-feira (26), a CUT Bahia realizou Roda de Conversa sobre a saúde da mulher. A atividade faz parte da programação do Outubro Rosa e foi organizada pela Secretaria de Mulheres da entidade, comandada pela dirigente Lucivaldina Brito.

A presidente da CUT na Bahia, Madalena Firmo, a Leninha, fez a abertura oficial da programação, que contou com as seguintes palestrantes: a fisioterapeuta e gestora da Clínica do Trabalhador do Sindprev-BA, Luana Saldanha, a secretária-geral do Sindicato dos Psicólogos da Bahia, Gloria Pimentel; a advogada Dandara Pinho, da Divisão de Combate ao Racismo da OAB e a enfermeira Jamile Oliveira.

Na pauta assuntos como o autocuidado, a prevenção da violência contra a mulher e a sobrecarga de trabalho.

A presidente da CUT, Leninha Firmo, destacou a importância da mulher ocupar os espaços de poder e lembrou que muitas trabalhadoras exercem tripla jornada, por isso a importância de priorizar a Saúde. Lucivaldina Brito pontuou que as mulheres devem cuidar uma das outras e disse que a sociedade vive uma epidemia silenciosa da violência de gênero, que é preciso ser combatida.

A fisioterapeuta Luana Saldanha defendeu que as mulheres tem mais acesso à saúde preventiva, pois, além de evitar doenças, o processo facilita o tratamento após o diagnóstico. Ela falou ainda sobre a importância de um atendimento multidisciplinar e destacou a probabilidade de sucesso dos procedimentos que ocorrem de forma integrada.

Dandara Pinho, que tem uma extensa carreira acadêmica, chamou a atenção para o autocuidado e disse que as mulheres devem ficar atentas à saúde o ano inteiro e não apenas no mês de outubro. Ela falou sobre a alta taxa de letalidade do câncer de mama e disse que muitas das mortes podem ser evitadas com o diagnóstico precoce.

A sobrecarga no trabalho externo e o acumulo de atividades foram abordados pela secretária-geral do Sindicato de Psicólogos da Bahia, Glória Pimentel. Ela disse que as mulheres adoecem, pois sempre acabam abdicando dos seus sonhos e necessidades especiais. A psicóloga defende uma melhoria do ambiente laboral e que as mulheres acessem conteúdos mais leves para garantir o equilíbrio da saúde mental.

Já a enfermeira Jamile Oliveira, chamou a atenção para os casos de suicídio entre mulheres. “Tivemos 12 ocorrências em 2021 e este é um número alto. Dentre outras razões, o racismo no ambiente de trabalho é um dos motivos pelos quais a saúde mental da mulher fica afetada”, disse.