Servidores do INSS realizaram ato na manhã desta quarta-feira (7), na frente da agência das Mercês, no centro de Salvador, para protestar contra o desmonte da Previdência Social. Eles reivindicam a implantação de uma segunda superintendência no Estado para o atendimento de demandas da Região Nordeste, que responde por 70% dos mais de 1,4 milhão de processos de aposentaria e benefícios que estão na fila do órgão em todo o País.

Atualmente, a superintendência regional do órgão está sediada em Recife.

Segundo o coordenador do Sindicato que representa os previdenciários, Edivaldo Santa Rita, o INSS possui nove gerências e 140 postos de atendimento na Bahia. “Pernambuco não consegue absorver a demanda do nosso Estado”, alerta Santa Rita ao cobrar uma segunda superintendência na região.

A presidente da CUT na Bahia, Leninha Firmo, chama a atenção para o atendimento digital e diz que o procedimento criou uma “fila invisível” da aposentadoria.  “Não há mão de obra suficiente para dar conta dos processos. É preciso que haja concurso público para ampliar o quadro de servidores, pois o déficit funcional é a maior causa dos atrasos nas aposentadorias”, disse.

A Bahia é o terceiro Estado no Brasil com o maior número de pedidos de aposentadoria na fila, sendo 110 mil, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro. Em todo o País, mais de 1,4 milhão de pessoas estão aguardando a verificação do INSS. 

A espera para análise dos pedidos de aposentadoria no País atualmente é de 74 dias. Apesar da evolução, em relação a 2022, quando eram necessários até três meses, o prazo ainda é considerado muito longo por usuários do sistema.