Neste 22 de maio, trabalhadoras e trabalhadores de todo o Brasil, organizados por suas entidades sindicais, chegaram a Brasília para cobrar do governo Lula o atendimento de suas reivindicações mais urgentes.

As delegações que chegaram à capital federal tiveram que passar por uma verdadeira corrida de obstáculos para estarem presentes.

A marcha foi proposta  para ser realizada no primeiro semestre de 2024, aprovada no congresso da CUT em outubro de 2023, e encaminhada às demais centrais e sindicatos para organização da atividade.

Mas apesar da antecedência da programação, só em março deste ano que foi decidida a data de 22 de maio para a Marcha. Com isso não houve uma campanha nacional de preparação da ida massiva à Brasília, a não ser por parte do esforço de sindicalistas que, com base na pauta, apresentaram a iniciativa a outros sindicatos.

Muitos se animaram e se associaram.

Confederações como a CNTE, Confetam e Condsef, assim como várias CUTs estaduais, ajudaram a reforçar a Marcha.

Não houve uma verdadeira discussão das demais centrais sindicais com a base. As articulações de cúpula no Fórum das Centrais apresentaram resultados  fracos, como se viu nos atos de 1° de maio deste ano, com uma pauta genérica e que não anunciou a Marcha.

Esta “agenda”, adotada ainda em 2022, sem discussão nas bases sindicais, não defende a revogação das reformas, ou seja, não mobilizaram suas bases para ir a Brasília. Foi um verdadeiro golpe na pauta aprovada para a Marcha. Mas as delegações que chegaram  a Brasilia saberão organizar-se para marchar pela

Esplanada dos Ministérios e cobrar do governo a revogação das reformas trabalhista e previdenciária, da lei das terceirizações, e a pauta dos servidores federais em greve, dos trabalhadores em Educação contra o Enem, além das demandas de defesa dos nossos irmãos de classe gaúchos – pois, como diz a CUT-RS, “a calamidade não pode ser utilizada pelos empregadores para afogar os direitos de trabalhadores e trabalhadoras”.