Salvador sedia o segundo encontro preparatório para a 5ª Conferência Estadual  de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. A Central Única dos Trabalhadores e Trabalhadoras e o seu coletivo de saúde do trabalhador enviaram representantes que participaram de mesas setoriais de debate, nesta terça-feira (11), na sede da Escola de Saúde Pública da Bahia.

Diretora do Sindprev, Lindalva de Jesus lembrou que o direito à saúde do trabalhador está presente na Constituição de 1988 e deve ser respeitado. Ela defendeu a ampliação do número de Comissões  Intersetoriais de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (CISTT), cujo propósito é assessorar os conselhos de saúde em questões relacionadas à saúde ocupacional. Seu objetivo é articular políticas e programas relevantes para a saúde dos trabalhadores, mesmo que não estejam diretamente ligados ao Sistema Único de Saúde(SUS), mas tenham relação ou interface com a área. “O trabalhador precisa ter um direcionamento para onde ir quando está adoecido”, disse.

Lindalva de Jesus também lembrou que a precarização do trabalho está elevando os números de doenças ocupacionais e destacou que problemas como depressão e ansiedade estão cada vez mais frequentes. “Mais de 470 mil pessoas, segundo o Ministério da Previdência Social, estão afastadas das suas atividades profissionais por conta de transtornos mentais”, completa.

Ela ressaltou ainda que os sindicatos estão levantando a questão da “pejotização”, que tem suprimido direitos trabalhistas e causado problemas de saúde nos trabalhadores.

Coordenadora da Cistt na Bahia, Ana Carina ressalta que o estado precisa ampliar o número de comissões para atender mais trabalhadores. Atualmente, há apenas nove para atender a população dos 417 municípios baianos. “Isso é vital para fortalecer a saúde do trabalhador e conquistar os avanços necessários”, disse.