
Nesta quinta-feira (7), o Sindprev-BA sediou a Conferência Livre para Trabalhadoras do Serviço Público Federal de Entidade Cutista e abordou a violência e o assédio no mundo do trabalho, bem como a necessidade da ratificação da Convenção 190 da OIT.
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A atividade foi presidida pela coordenadora do Sindprev e secretária de Mulheres da CUT na Bahia, Lucivaldina Brito, e teve as participações como palestrantes de Marta Lícia de Jesus, da Apub, a professora do departamento de Estudos de Identidade de Gênero da Ufba, Ana Paula Boscati e de Luba Melo do Instituto Internacional dos Serviços Públicos.
Lucivaldina destacou que o espaço levará as propostas discutidas para a Conferência Nacional de Mulheres e ressaltou a escolha de três delegadas para o encontro: Antonieta Rosalino, Marta Licia de Jesus e Maria Lucilene Félix. A coordenadora do Sindprev lembrou que também já foi vítima de assédio moral no ambiente de trabalho e ressaltou a importância da mobilização popular e de segmentos para a preservação da democracia.
Marta Lícia também discorreu sobre a necessidade de espaços de mobilização para o ativismo e ressaltou os objetivos das conferências como a elaboração de políticas públicas para as mulheres, a inclusão na pauta de discussões de assuntos como raça, gênero e a importância de garantir direitos para a comunidade LGBTQIAP+ .
Ana Paula Boscati fez uma crítica ao sistema capitalista e acrescentou que ele deteriora as relações pessoais, que ficaram cada vez mais escassas. A pesquisadora também ressaltou que as mulheres negras e pessoas LGBTQIAP+ são as maiores vítimas de sofrimento psíquico e físico nos ambientes de trabalho e ressaltou que o assédio moral também acontece fora do ambiente profissional e ocorre de diversas formas: vertical e horizontal.
Já Luba Melo disse que é importante que a Conferência 190, da Organização Internacional do Trabalho seja validada no Brasil. Ela contou que o projeto enviado pelo Governo Lula está parado na Câmara dos Deputados por falta de definição de um relator na Comissão de Relações Internacionais da Casa.
Luba também lembrou que é preciso debater as questões de gênero e incluir os homens nas discussões da violência contra a mulher. Ela também reforçou a necessidade de fazer o enfrentamento do assédio no ambiente de trabalho.
Diretora do Sindprev, Lindalva de Jesus pontuou que as mulheres devem insistir em ocupar os espaços.
A HISTÓRIA DAS CONFERÊNCIAS NACIONAIS DE POLÍTICAS PARA MULHERES
- 2004: Políticas para as Mulheres: um desafio para a igualdade numa perspectiva de gênero
- 2007: Desafios para a construção da igualdade na perspectiva da implementação do PNPM
- 2011: Autonomia e igualdade para as mulheres
- 2016: Mais direitos, participação e poder para as mulheres