Na semana em que comemoramos o Dia do Servidor Público, os coordenadores do Sindprev-BA, Edivaldo Santa Rita e Lucivaldina Brito, avaliaram os quase dois anos de Governo Lula. Segundo eles, houve avanços no diálogo, mas é preciso que a categoria fique alerta, pois o Congresso Nacional, que é formado por uma maioria de direita e neoliberal, pode pautar uma Reforma Administrativa, que eles classificam como perigosas.

“O diálogo foi a principal mudança. Nós tivemos mais diálogo com esse governo, mas o Senado e a Câmara Federal não são  nossos. Então, o governo está negociando tudo para poder beneficiar, para poder marcar o seu plano que foi estabelecido como uma uma visão maior nas questões sociais e na prestação de um serviço público de qualidade para a população. Mas isso impacta na questão orçamentária. E o governo hoje está sendo bombardeado pelo Congresso em função dessa pauta social que é classificada como aumento de gastos”, disse Santa Rita.

Ele ressalta que, o governo anterior não inseria o Servidor público nas negociações, nem no orçamento. “Não tinha nada para servidor público. Então, nós tivemos que fazer um movimento. Estamos há cem dias em greve, a negociação tem sido dura, inclusive lutando pelos servidores inativos” conta.

Segundo o coordenador do Sindprev, há conquistas como o reajuste linear de 9% mais um aumento de 5% até  2026.

O coordenador do Sindprev disse que a luta da categoria também inclui a população, pois ele defende melhores condições de trabalho para os funcionários e de atendimento para os usuários do serviço público. “Houve um sucateamento entre os anos de 2016 e 2022 e chegamos a ter condições insalubres nas agências do INSS, faltando água para beber e ar-condicionado nas agências”, explicou.

Ele considera ainda a terceirização de algumas atividades como prejudiciais para o atendimento ao cidadão.

“Se você não melhora a qualidade e o salário dos trabalhadores, você não tem um trabalho de qualidade”, avalia.